Casas de sonho
Eu adoro ver casas de sonho. Seja em revistas, na internet ou na televisão. Por momentos, consigo transplantar-me para aquele local e sonhar que vivo uma outra vida. Por momentos, consigo imaginar a vida de um multimilionário :).
Se partilham do mesmo gosto, então não podem perder a mini série documental da Netflix, The World’s Most Extraordinary Homes.
Enredo e liguagem da série
O arquiteto aclamado Piers Taylor e a atriz inglesa, apaixonada do imobiliário, Caroline Quentin - os apresentadores do programa - viajam por vários países e mostram-nos as casas mais incríveis construídas no mundo. Esta é a série ideal para quem ama arquitetura, design de interiores e decoração. Na maioria das vezes, os arquitetos e contrutores enfrentam os maiores desafios para erguer casas em áreas que, à primeira vista, são impossíveis de sustentarem uma casa. Vimos casas construídas em zonas de montanha, floresta, litoral e subterrâneo.
O arquiteto aclamado Piers Taylor e a atriz inglesa, apaixonada do imobiliário, Caroline Quentin - os apresentadores do programa - viajam por vários países e mostram-nos as casas mais incríveis construídas no mundo. Esta é a série ideal para quem ama arquitetura, design de interiores e decoração. Na maioria das vezes, os arquitetos e contrutores enfrentam os maiores desafios para erguer casas em áreas que, à primeira vista, são impossíveis de sustentarem uma casa. Vimos casas construídas em zonas de montanha, floresta, litoral e subterrâneo.
Se, à primeira vista, acha que não vai entender nada do que é dito por não perceber nada de arquitetura, desengane-se. Toda a série é descrita em linguagem bastante informal, muito fácil para que, qualquer comum mortal, consiga compreender facilmente tudo o que é explicado. Piers e Caroline fazem-nos autênticas visitas guiadas ao exterior e interior das casas, explicam-nos o projeto e o processo de construção, falam-nos das matérias-prima utilizadas e evidenciam o que a casa tem de melhor.
A presença de Caroline Quentin é muito importante para não deixar o
enredo ficar tão sério. A atriz dá aos episódios o toque cómico e
poético que faz a série ser lembrada. Enquanto isso, o arquiteto Piers
Taylor vem com a vasta bagagem no ramo da arquitetura e ajuda a fazer
uma leitura mais profissional de cada imóvel visitado.
Temporadas e episódios
A série é composta por 3 temporadas (temporada 1 e temporada 2 parte A e parte B). A primeira temporada mostra-nos casas construídas em locais onde dificilmente imaginariamos uma casa. São apenas quatro episódios que passam por zonas de Montanha, Floresta, Costa e Debaixo da Terra. A construção destas casas é sem dúvida um desafio, pois, para além de parecerem fazer parte do local onde foram erguidas, a sua construção é inédita e planeada ao mais infímo detalhe, de modo a que possa ficar correta e seguramente sustentada no local pretendido.
A segunda temporada está dividida em duas partes: parte A e B. Aqui, Piers e Caroline segmentam as casas por país, começando pelo Estados Unidos, de seguida Portugal (sim, há um episódio dedicado a casas de sonho em Portugal!), Suiça e Japão. A parte B mostra-nos fabulosas casas em Espanha, Índia, Noruega e Israel.
Algumas das minhas casas favoritas
Fica ao lado do Campo de Golfe Oitavos Dunes, em Cascais, e tem uma
piscina suspensa, com o fundo totalmente em vidro. É isso mesmo: a
piscina está ao nível do primeiro andar da casa, junto aos quartos, e
fica suspensa por cima do deck de madeira onde está uma mesa de jantar,
uns colchões, uns sofás e uma segunda piscina. Quando alguém se senta no deck do jardim e olha para cima, o que vê são
as pessoas a nadar por cima de si, além de água e céu – mais nada. É uma
sensação absolutamente deslumbrante que fica bem evidente neste fotografia de Ricardo Oliveira Alves aqui em baixo.
O projecto da casa é do atelier de arquitectura Guedes Cruz e é
absolutamente surpreendente. Por fora, só vê uma casa simples de betão.
Até o portão é discreto.
Na verdade, não é bem um portão, é mais um muro coberto de ervas e de
relva. Quando carrega num comando (não, a casa não tem chave), o muro
desliza para o lado e abre-se uma passagem. Depois, é só atravessar uma
ponte, como se fosse a ponte elevadiça de um castelo, e entrar numa casa
onde quase todas as paredes são em vidro.
Tanto os
vidros como algumas paredes deslizam quando se carrega no comando, de
forma a permitir passagens, criar recantos e abrir a casa completamente
para o jardim e o campo de golf.
As
paredes da sala são totalmente em vidro e abrem para o relvado, sendo
possível bater uma bola de golf de dentro de casa diretamente para o
campo.
Mas
o mais extraordinário é mesmo o deck exterior que os arquitectos
quiseram que fosse coberto e protegido do vento sem perder luz. Por isso
criaram a segunda piscina no tecto: não deixa passar o calor graças às
55 toneladas de água, mas deixa passar a luz de uma forma translúcida e
única.
Tudo isto é rodeado de vidro, que pode estar fechado no Inverno e aberto no Verão.
Se
isto não for suficiente para o convencer de que estamos perante uma das
casas mais fantásticas do mundo, então deixe-me dizer-lhe que ainda há
uma cave com uma sala de cinema e de jogos...
...e uma garagem.
Além, claro, de uma adega em vidro que deixa qualquer um a babar.
Para
a apresentadora da série, estar nesta casa foi um dos "maiores
privilégios" da sua vida. E percebe-se porquê. Basta olhar para as
fotografias.
2. Casa Canal - Miami
No centro de Miami Beach, de fronte para o canal Indian Creek, estão 1.115 m² de área construída. Esta é Casa Canal, assinada pelo escritório do arquiteto brasileiro Marcio Kogan.
O responsável pelo projeto é o construtor americano Barry Brodsky, que não economizou esforços (nem recursos) no projeto de Kogan. Enraizada no modernismo tradicional, a mansão tem seis quartos, sete casas de banho, espaço para desporto e um jardim tropical. O paisagismo ficou a cargo de Raymond Jungles.
O responsável pelo projeto é o construtor americano Barry Brodsky, que não economizou esforços (nem recursos) no projeto de Kogan. Enraizada no modernismo tradicional, a mansão tem seis quartos, sete casas de banho, espaço para desporto e um jardim tropical. O paisagismo ficou a cargo de Raymond Jungles.
A fachada é toda ela impactante, mas todo o conjunto da obra chama a atenção. Basicamente tratam-se de dois blocos retangulares empilhados.
O piso inferior é composto por 60 metros de comprimentos e é onde ficam a divisões privadas: quatros dos quartos têm ligação ao jardim e estão ligados por um corredor com cerca de 30 metros. Existe uma sala de estar, uma suite e uma garagem.
A sala principal fica à beira-mar e é completamente ampla. Inspirada no cinema, tudo foi projetado para conferir uma sensação cinematográfica, daí a visão horizontal, sendo possível ver o mar estando dentro de casa. Além de insólita, esta obra é, também ela, uma desafio enorme de engenharia, uma vez que se verifica um espaço amplo de cerca de 20 metros sem um único pilar de sustento.
No piso superior ficam os espaços sociais: a cozinha e um salão de jogos de 21 metros de comprimento. Um passeio de 60 metros e 1,7 mil peças de madeira flutuam sobre o jardim, numa plataforma que leva os moradores ao interior da casa.
Fiquei fascinada com este jardim tropical. Os arquitetos quiseram-no causal, com suaves curtas e com um conjunto imenso de plantas tropicais. Existe também uma piscina natural onde é possível nadar com os peixes.
Outras casas que me fascinaram
Lyngholmen, ilha privada na Noruega
La Casa del Acantilado, Espanha
Casa construída com asas de um Boeing 747 (sim, leram bem), Malibu, Califórnia
E ficaria aqui todo o dia a colocar fotos de casas, pois tenho tantas mas tantas preferidas. Foi muito difícil conseguir fazer esta seleção. Por isso, não deixem de ver esta série que é, sem dúvida, espetacular.
0 comentários