The Crown: a fabulosa série da Netflix

by - abril 06, 2020

Hoje venho falar-vos de uma das séries que mais gostei de ver até hoje.
Sou viciada em séries sobre história, sobretudo sobre a história inglesa, por isso, mal tive oportunidade, devorei The Crown.
Esta fabulosa série de 3 temporadas é baseada na peça teatral The Audience, que foi escrita por Peter Morgan. The Crown, produzida pelo canal de streaming Netflix, tem o objetivo de fazer um grande balanço a respeito do reinado de Elizabeth II (na série, interpretada por Claire Foy), que ascendeu ao trono inglês no dia 06 de fevereiro de 1952, aos 25 anos, após a morte de seu pai, o rei George VI (na série, interpretado por Jared Harris).
A primeira temporada do série foca os três primeiros anos do seu reinado, de 1952 a 1955, quando ela teve como Primeiro-Ministros o lendário Winston Churchill (na série, interpretado por John Lithgow) e Anthony Eden (na série, interpretado por Jeremy Northam). Período este que foi de adaptação e de aprendizagem para Elizabeth II, na medida em que foi aprendendo a ser Rainha no exercício do seu poder.
O que chama a atenção na primeira temporada de The Crown é justamente o fato da série, não só nos apresentar os bastidores do poder, como também humanizar personalidades políticas que são conhecidíssimas, mas que, aqui, são apresentadas em todas as suas vulnerabilidades – por exemplo, a abordagem da vida familiar de Elizabeth II e seus parentes mais próximos e a ênfase nas questões de saúde vividas por Winston Churchill, neste período. É certo dizer que o argumentista Peter Morgan tem um certo fascínio pela Coroa britânica, em especial pela figura de sua representante maior, a Rainha Elizabeth II. Não é a primeira vez que ele trabalha com esta personagem – tendo em conta o fato de ele tê-la abordado na já citada peça The Audience, como também no filme A Rainha, dirigido por Stephen Frears, e que relata o delicado momento da morte da Princesa Diana Spencer, em agosto de 1997. Talvez, seu maior triunfo como argumentista, ao fazer a crônica da vida da Família Real Britânica, é fazer com que percamos o senso comum em relação à monarquia, à vida de princesa e de rainha.
Elizabeth, assim como seu pai, o Príncipe Albert, não pediu para ser Rainha/Rei e, muito menos, quis ver a sua vida particular ser relegada à vontade dos outros ou àquilo que as leis que regem a Família Real Britânica ditam que é o mais adequado a ser feito. Entretanto, o que chama a atenção na figura da Rainha Elizabeth II, que está no centro dos acontecimentos mais importantes do mundo pelos últimos 64 anos (reinado mais longo da história da monarquia britânica) é a sua resiliência, força e, principalmente, os sensos de responsabilidade (de compreender o que significa a instituição monárquica na Inglaterra, com toda a sua tradição) e de cumprimento do dever.

Na minha opinião, está série é absolutamente incrível, uma vez, de forma brilhante, relata fatos históricos verídicos de forma detalhada. Interpretações, cenários, guarda-roupa, maquilhagem... realmente fantástico. A minha única crítica a esta série, é o facto, de na transição, essencialmente da Rainha mais jovem para mais velha, assim como da sua irmã Margaret, a escolha das personagens não foi a melhor. As pessoas não mudam a cor dos olhos porque envelhecem :).

Recomendo vivamente esta série para todos os que gostam de séries documentais, pois garanto-vos que vão ficar surpreendidos com esta. Aguardo ansiosamente mais temporadas de The Crown.



You May Also Like

0 comentários