The Crown: a fabulosa série da Netflix
Hoje venho falar-vos de uma das séries que mais gostei de ver até hoje.
Sou viciada em séries sobre história, sobretudo sobre a história inglesa, por isso, mal tive oportunidade, devorei The Crown.
Esta fabulosa série de 3 temporadas é baseada na peça teatral The Audience, que foi escrita por Peter Morgan. The Crown, produzida pelo canal de streaming Netflix, tem o
objetivo de fazer um grande balanço a respeito do reinado de Elizabeth
II (na série, interpretada por Claire Foy), que ascendeu ao trono inglês
no dia 06 de fevereiro de 1952, aos 25 anos, após a morte de seu pai, o
rei George VI (na série, interpretado por Jared Harris).
A primeira temporada do série foca os três primeiros anos do seu
reinado, de 1952 a 1955, quando ela teve como Primeiro-Ministros o
lendário Winston Churchill (na série, interpretado por John Lithgow) e
Anthony Eden (na série, interpretado por Jeremy Northam). Período este
que foi de adaptação e de aprendizagem para Elizabeth II, na medida em
que foi aprendendo a ser Rainha no exercício do seu poder.
O que chama a atenção na primeira temporada de The Crown é justamente o
fato da série, não só nos apresentar os bastidores do poder, como também
humanizar personalidades políticas que são conhecidíssimas, mas que,
aqui, são apresentadas em todas as suas vulnerabilidades – por exemplo, a
abordagem da vida familiar de Elizabeth II e seus parentes mais
próximos e a ênfase nas questões de saúde vividas por Winston Churchill,
neste período.
É certo dizer que o argumentista Peter Morgan tem um certo fascínio pela
Coroa britânica, em especial pela figura de sua representante maior, a
Rainha Elizabeth II. Não é a primeira vez que ele trabalha com esta
personagem – tendo em conta o fato de ele tê-la abordado na já citada
peça The Audience, como também no filme A Rainha, dirigido por Stephen
Frears, e que relata o delicado momento da morte da Princesa Diana
Spencer, em agosto de 1997.
Talvez, seu maior triunfo como argumentista, ao fazer a crônica da vida da
Família Real Britânica, é fazer com que percamos o senso comum em
relação à monarquia, à vida de princesa e de rainha.
Elizabeth,
assim como seu pai, o Príncipe Albert, não pediu para ser Rainha/Rei e,
muito menos, quis ver a sua vida particular ser relegada à vontade dos
outros ou àquilo que as leis que regem a Família Real Britânica ditam
que é o mais adequado a ser feito. Entretanto, o que chama a atenção na
figura da Rainha Elizabeth II, que está no centro dos acontecimentos
mais importantes do mundo pelos últimos 64 anos (reinado mais longo da
história da monarquia britânica) é a sua resiliência, força e,
principalmente, os sensos de responsabilidade (de compreender o que
significa a instituição monárquica na Inglaterra, com toda a sua
tradição) e de cumprimento do dever.
Na minha opinião, está série é absolutamente incrível, uma vez, de forma brilhante, relata fatos históricos verídicos de forma detalhada. Interpretações, cenários, guarda-roupa, maquilhagem... realmente fantástico. A minha única crítica a esta série, é o facto, de na transição, essencialmente da Rainha mais jovem para mais velha, assim como da sua irmã Margaret, a escolha das personagens não foi a melhor. As pessoas não mudam a cor dos olhos porque envelhecem :).
Recomendo vivamente esta série para todos os que gostam de séries documentais, pois garanto-vos que vão ficar surpreendidos com esta. Aguardo ansiosamente mais temporadas de The Crown.
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